É o mais recente sócio português da Linklaters, no âmbito de um processo de seleção conhecido por ser rigoroso, dado que os novos sócios são propostos por cada escritório e depois têm de ser eleitos pelos 470 sócios da firma a nível internacional. Como é que vê este passo, para si e para o escritório português da Linklaters?
Mais do que um processo meramente pessoal é também um projeto que a firma expressa relativamente ao escritório de Lisboa. Felizmente, nos últimos cinco anos, foram eleitos quatro. É um reconhecimento do nosso escritório e um processo de rejuvenescimento, que é sempre importante. Nesse aspeto, a nossa firma é um pouco diferente das firmas portuguesas tradicionais. Não há uma substituição de gerações familiares. Não há duas pessoas com o mesmo apelido na Linklaters. Não há de maneira nenhuma um lastro, uma passagem de testemunho, que não seja um processo de seleção dos associados juniores quando saem da faculdade, acabam o estágio e progresso normal. É importante que o rejuvenescimento se faça porque, sendo o processo complexo, e a chegada a sócio tão mais difícil na Linklaters do que numa firma tradicional em Portugal, é bom que os mais novos saibam que afinal há espaço. Não há favoritismos.