Skip to main content

Não é humanizar, é não desanimalizar

Podemos afirmar, com convicção, que a tourada é um espectáculo explicitamente bárbaro e condenável. Mas esta afirmação é dúbia. Esconde uma ambivalência traiçoeira.

Se a condenação convicta recair sobre o espectáculo da violência, a pornografia da tortura, uma certa indecência que as pessoas civilizadas rotulam de obscena, se for apenas isto, então, no fundo, o que dessa maneira estamos a fazer é a liberalizar a violência sobre os outros animais, os de produção, na condição de que seja feita longe dos olhos humanos, desde logo das nossas crianças.

Este conteúdo é exclusivo para assinantes, faça login ou subscreva o Jornal Económico