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Mota-Engil já fechou contratos de quatro mil milhões este ano

A maioria dos contratos foram fechados em África. Recorde-se que a companhia de construção reviu em alta no final de agosto as metas do seu plano estratégico, prevendo agora um volume de negócios superior a seis mil milhões de euros em 2026.

A Mota-Engil já fechou contratos de quatro mil milhões de euros este ano. A maioria dos contratos foram fechados em África (mais de 2.450 milhões de euros) face aos fechados na América Latina (1.540 milhões de euros).

O mais recente, anunciado na segunda-feira, é um contrato de 300 milhões de euros para a revitalização da malha de gás da Petrobras na bacia de Campos, ao largo do Rio de Janeiro. Este contrato tem uma duração de quatro anos e meio e marca a expansão da empresa no sector do oil&gas e em projetos offshore.

Ao mesmo tempo, anunciou a celebração de novos contratos/aditamentos a contratos existentes na América Latina num valor de 350 milhões de euros.

"Com as adjudicações acima anunciadas, o grupo continua a consolidar a atividade a realizar nos próximos anos em patamares historicamente elevados, alargando ao mesmo tempo, em dimensão e rentabilidade, a presença nos principais mercados da região", disse a empresa em comunicado na segunda-feira.

Em agosto, a empresa fechou vários contratos de 945 milhões de euros em África, mais concretamente na África do Sul e no Senegal. O primeiro diz respeito a um projeto numa mina de zinco na África do Sul, com o valor de 450 milhões de euros. O segundo foi assinado no Senegal e visa a instalação, operação e manutenção de instalações, infraestruturas, sistemas e equipamentos necessários à extração de ouro numa mina, com o valor de 495 milhões de euros.

"Com estas adjudicações, a Mota-Engil continua a reforçar a sua carteira de encomendas no segmento de serviços de Engenharia Industrial em África, a capitalizar a reputação adquirida junto de atuais clientes e a potenciar o forte e sustentado crescimento do seu volume de negócios", disse então a companhia liderada por Carlos Mota Santos.

Outro contrato relevante foi assinado em julho também em África, mas na Nigéria. Com um valor de 916 milhões de dólares (858 milhões de euros) com o ministério Federal de Transportes da Nigéria com o objetivo de construir a linha Kano - Maradi - Dutse no norte do país.

"Consolida-se desta forma a aposta que o governo nigeriano pretende para melhorar a conectividade regional e o desenvolvimento económico do norte do país e reforça-se a capacidade do grupo Mota-Engil para suportar esse esforço de desenvolvimento desta região de África", disse a empresa na altura.

Em junho, a companhia assinou um contrato de 650 milhões de euros na Guiné-Conacri e na Nigéria. No primeiro, o contrato refere-se ao projeto Simandou que visa a construção de acessos e de instalações industriais de uma mina, ficando localizado no sul do país. Na Nigéria, a companhia, em consórcio com a AFC - Africa Finance Corporation, fechou contratos de concessão de duas autoestradas Lagos – Badagry – Seme e Shagamu – Benin. Nesta altura, anunciou também vários contratos no valor de 130 milhões de euros em Angola, Moçambique, Ruanda e Costa do Marfim.

Também em junho, a companhia assinou vários contratos na América Latina no valor de 890 milhões de euros. No Brasil, assinou um contrato de 140 milhões de euros com um consórcio detido pela Petrobras para a manutenção de plataformas offshore. E assinou vários contratos no México, Brasil e Peru no total de 740 milhões de euros.

Recorde-se que a companhia de construção reviu em alta no final de agosto as metas do seu plano estratégico, prevendo agora um volume de negócios superior a seis mil milhões de euros em 2026. A meta anterior de 3,8 mil milhões de euros foi atingida em 2022. No novo plano, o EBITDA deverá atingir os 955 milhões nesse ano (60% no negócio de engenharia e construção).

Em termos de investimento, deverá atingir agora os 410 milhões de euros, com o rácio da dívida líquida/EBITDA a manter-se abaixo de duas vezes, na sua previsão.