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Manuela Ferro, a portuguesa mais poderosa da Banca e Finanças

O nome de Manuela Ferro foi escolhido entre 16 mil candidatos a um emprego no Banco Mundial, entre 1994. Desde então, tem vindo a ocupar diferentes posições nesta instituição financeira, até chegar à vice-presidência da região Leste Asiático e Pacífico.

Com Manuela Ferro a liderar o ranking da revista “Forbes” para o poder feminino na Banca e Finanças, chegámos ao fim desta primeira categoria. A mais poderosa é a vice-presidente, desde setembro de 2021, do Banco Mundial para a área do Leste Asiático e Pacífico.

Manuela Ferro é responsável por um total de 38 países desta região e gere um portefólio com mais de 150 mil milhões de dólares (136 mil milhões de euros), além de uma extensa equipa com 1.100 colaboradores.

A gestora vive fora de Portugal há vários anos, tendo uma vasta carreira internacional inserida no seu currículo. Anteriormente à posição que ocupa, Manuela Ferro foi vice-presidente de Política Operacional e Serviços Nacionais do Banco Mundial, tendo ainda feito parte do programa de resposta à pandemia e da equipa que negociou os dois aumentos de capital da instituição.

Com os 80 pontos que recolheu na avaliação da “Forbes Portugal”, a revista entregou-lhe a primeira posição da categoria e o sexto lugar na lista global das portuguesas mais poderosas nos negócios. Na lista do ano passado, Manuel Ferro tinha conquistado a quinta posição no ranking geral, pelo que perdeu um lugar.

A empresária nasceu na cidade de Lisboa e em 1987 terminou a licenciatura em Engenharia Agronómica pela Universidade de Lisboa, tendo feito de doutoramento em Economia Aplicada na Universidade Standford, área em que acabou por se especializar no fim dos estudos e início da vida profissional.

A sua carreira levantou asas quando se tornou professora auxiliar na Universidade Técnica de Lisboa, tendo, no mesmo período temporal, trabalhado para o Governo durante a adesão de Portugal ao bloco europeu.

Aquando do fim do seu doutoramento, em 1994, candidatou-se ao Banco Mundial, onde entrou com funções técnicas e acabou por ficar. Manuela Ferro foi uma dos 35 candidatos escolhidos, no meio de 16 mil candidaturas.

Com mais de 25 anos de carreira e experiência, Manuela Ferro dirigiu as áreas de Redução da Pobreza e Gestão Económica no Médio Oriente e Norte de África, tendo ainda conseguido uma posição em Estratégia e Operação para a América Latina e Caraíbas. Liderou ainda o lançamento de novas políticas de garantias e introduziu as Operações de Política de Desenvolvimento de Catástrofes.

Em 2019, a gestora dizia à revista “Executiva” que o seu plano é regressar à Europa, embora os desafios colocados pelo Banco Mundial a continuar a apaixonar, razão pela qual os aceita.