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M&A em Portugal caiu para 9,3 milmilhões até outubro

Negócios : Dados mostram a tendência de quebra do negócio em Portugal, seguindo o que se passa na Europa. Setor imobiliário responde pelo maior número de transações concluídas.

Ovalor das operações com empresas portuguesas envolvidas em fusões e aquisições caiu 23,7%, em termos homólogos, para 9,3 mil milhões de euros, segundo a TTR Data. O número de operações foi de 459 nos primeiros 10 meses do ano, representando uma quebra de 20,5%, quando comparado com o mesmo período de 2023.


Em outubro, a gestora de investimentos canadiana Slate Asset Management investiu pela primeira vez em Portugal com a aquisição de carteira de 12 supermercados à sociedade de private equity LCN Capital Partners, numa transação avaliada em cerca de 150 milhões de euros, que se destacou.


De recordar, também, a compra da empresa italiana Intercap pela Corticeira Amorim, através do Grupo SACI, que é detido em partes iguais pela família Getto e pela empresa liderada por António Rios de Amorim, por cinco milhões de euros. A primeira de duas fases da transação foi feita em outubro, com a aquisição de 55% do capital, estando a segunda prevista para março do próximo ano, com a compra dos restantes 45% à sociedade Paradigma, de Graziano Bocchino.


A compilação das maiores transações do mês, segundo a TTR, lista, também, a compra de um hotel da Figueira da Foz pelo grupo Hotusa, por 36 milhões de euros, e a compra de terrenos e construções residenciais por 4,5 milhões de euros.


O lote das maiores transações do mês conta com a compra de um armazém industrial no distrito de Lisboa pelo fundo francês que SCPI Elialys, gerido pela Advenis – Real Estate Investment Management (REIM), que realizou a primeiro investimento imobiliário em Portugal. A operação de compra do ativo imobiliário por cinco milhões de euros, arrendado a 20 anos foi assessorada por uma equipa da Andersen liderada pelo advogado Bernardo Silveira.


“O setor logístico em Portugal tem-se revelado particularmente estratégico e uma tendência em matéria de investimento imobiliário nacional”, comentou, na altura, o advogado, sublinhando que o investimento do fundo francês “reforça a crescente atratividade do mercado português, particularmente nos segmentos de logística e agroindústria”.


Do lado da REIM, o diretor- geral diz que o negócio “ilustra a ambição da Elialys de aplicar o capital” dos seus parceiros num “mercado em rápido crescimento do Sul da Europa”, onde a empresa está a diversificara sua carteira de ativos imobiliários.
No venture capital, a sueca Corpower Ocean recebeu um um financiamento de 32 milhões de euros para a sua tecnologia de energia das ondas, numa ronda de investimento liderada pela japonesa NordicNinja, o banco sueco SEB, a InnoEnergy, e a portuguesa Iberis Capital, ou a Santander Asset Management. Também a Infraspeak, uma plataforma inteligente de gestão de facilities tem uma história a contar em outubro, ao ter angariado 18 euros numa ronda de financiamento Série B, que foi liderada pela Endeit Capital, contando, ainda, com a participação dos investidores já existentes Indico Capital Partners, Bright Pixel Capital, Caixa Capital e Ninho de Inovação. De acordo com a empresa do Porto, o investimento irá ser canalizado para “solidificar sua posição como líder europeu, latino-americano e africano em software de manutenção e gestão de instalações”.


O setor imobiliário lidera a lista de ativos no que ao número de transações diz respeito, respondendo por 78 das operações. Em outubro, o setor imobiliário registou 12 transações. Na lista de sectores mais ativos encontram-sem ainda, o Internet, software e IT services (53), enegias renováveis (31) e negócios e apoio profissional (29).