Considerado tradicionalmente como um país fechado ao exterior e pouco disponível para receber e principalmente entender os estrangeiros, o Japão passou a ser um país de turismo. Uma espécie de ‘revolução silenciosa’ que os números deixam evidente, mas que pode acabar em breve. É que o governo decidiu impor taxas turísticas por escalão de hotéis que vão com certeza fazer pensar duas vezes antes de os turistas marcarem férias para ali. As taxas começam nos hotéis com estadias até 34 euros por noite, que passam a pagar 1,14 euros por pessoa, e vão até aos 56,84 euros para quem queira ficar num quarto que custe acima dos 568 euros por noite. Quanto aos números, em 2000, o primeiro ano do milénio, o país foi visitado por apenas 4,76 milhões de estrangeiros – bem menos, por exemplo, que Portugal – que nesse ano recebeu cerca de 12 milhões. Uma década volvida, o Japão recebeu 8,61 milhões de visitantes, mais cerca de 80%, para um crescimento médio anual de 8%.
Em 2019, o arquipélago ‘perdido’ nos confins do oceano Pacífico despertou a curiosidade de 31,8 milhões de pessoas, um crescimento de mais de 269% face a 2010 – atingindo uma média anual de quase 30%. Voltemos à comparação: em 2019, vieram a Portugal 27 milhões de estrangeiros – feitas as contas, o turismo japonês cresceu, em número de visitantes e entre 2000 e 2019, 568%, enquanto em Portugal cresceu 125%. E em valor absoluto, o Japão ultrapassou Portugal durante a segunda década do milénio.
Japão transformou-se numa potência turística, mas quer regras
                                                    
                    
                
                
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            Os dados do turismo são claros: em 24 anos, o número de turistas que procuram o país aumentou 568%, Agora o governo quer impor taxas turísticas no mínimo implacáveis.
