Na Europa, o centro político prevaleceu com enormes exercícios de equilíbrio, mas será forçado, necessariamente, a mudar o curso da navegação para uma agenda mais militar, mais securitária e também mais protecionista. Afinal, o conflito na Ucrânia deixará cicatrizes profundas mesmo que saia do terreno para a diplomacia, o controlo das fronteiras e da imigração está cada vez mais na agenda dos principais países, e o relatório de Mario Draghi deixou a descoberto que é preciso cuidar da competitividade europeia, senão o Velho Continente corre o risco de se tornar irrelevante nas próximas décadas.