A IL dá esta sexta-feira o pontapé de saída na tradicional rentrée política dos partidos, de olhos postos naquilo que considera ser a degradação dos serviços públicos e na exigência da reintrodução de avaliações periódicas em toda a máquina do Estado, tendo em vista valorizar e premiar o mérito de quem é funcionário público, cumpre a sua missão e apresenta resultados. Ou seja, o discurso de arranque do novo ano político dos liberais elege como prioridade a valorização da Administração Pública, conjugada com uma cultura de exigência.
“Os casos de mau funcionamento dos serviços públicos que todos os dias enchem os jornais são consequência direta da falta de competência e autonomia dos decisores aos vários níveis da Administração Pública. Ora, não é possível ter uma Administração Pública competente e autónoma com tantos funcionários desmotivados e mal geridos”, assume o partido ao Jornal Económico (JE).
A Praia da Rocha, no Algarve, foi o local escolhido pela IL para a reabertura do ano político, e, na agenda, o partido liderado por João Cotrim de Figueiredo deverá insistir ainda no ataque ao que os liberais consideram ser a excessiva influência dos aparelhos partidários do chamado Bloco Central (PS/PSD) nos vários níveis, do governo às autarquias, empresas públicas, passando pelos demais organismos na esfera estatal. Exatamente por isso, os liberais chamaram à sua rentrée “Libertar Portugal do Bloco Central”.
Cotrim de Figueiredo deverá ainda enfatizar a defesa da receita das políticas liberais como a única alternativa ao PS (e não o PSD). E a menos de um mês do arranque do ano letivo, o presidente da IL irá dedicar uma parte da sua intervenção à educação, recuperando uma das suas bandeiras, a liberdade de escolha das famílias.