Quatro meses depois de o ministro da Economia ter admitido taxar os lucros extraordinários das energéticas, o Governo ainda não avançou nesse sentido, mas a porta não está fechada. Questionada recentemente sobre o assunto, a ministra da Presidência voltou a não descartar a medida, numa altura em que a esquerda tem insistido na sua adoção. A confirmar-se, Portugal seguiria o exemplo de países como Itália, Reino Unido e Espanha, mas os fiscalistas ouvidos pelo Jornal Económico deixam um alerta: ao contrário do que está previsto nesses países, por cá, haveria o risco desse novo imposto acabar por não ser temporário, eternizando-se, à semelhança do que tem acontecido com as contribuições aplicadas a certos sectores.