Skip to main content

Hotelaria madeirense tem taxa de ocupação de 95% na noite de ‘réveillon’

Unidades tiveram alguns cancelamentos para início e meados de dezembro, dado o agravamento da situação pandémica na Europa, mas esse efeito ainda não se alastrou para as épocas festivas.

A hotelaria na Madeira já superou os níveis pré-pandémicos no segundo semestre deste ano e tem taxas de ocupação previstas de 95% para o fim do ano.

“Na Madeira, o segundo semestre do ano foi totalmente diferente do primeiro. A partir dos meses de julho e agosto começámos a sentir a retoma, e mês após mês temos estado com ocupações inclusive superiores às que registámos em 2019. A retoma aconteceu de forma mais expressiva do que prevíamos”, refere a administradora do PortoBay Hotels & Resorts com o pelouro de Marketing e Comunicação, Fabíola Pereira, destacando que a retoma da operação turística e da procura internacional pelo destino Madeira foram fatores decisivos.

Fabíola Pereira salienta que as expectativas para este outono-inverno “são boas”, no entanto ressalva que “o sector aprendeu a não festejar nem a contar com reservas como um dado adquirido”, já que “a variabilidade das medidas quer na origem quer no destino têm efeitos muito rápidos nas previsões”.

Também o CEO da Savoy Signature, Bruno Freitas, sublinha que os últimos meses foram “muito positivos” no que toca a taxas de ocupação, que se revelaram, em alguns casos, “muito superiores” aos valores registados em 2019.

“Mantemo-nos confiantes na entrada de mais reservas de última hora comparativamente a anos anteriores, tal como já aconteceu durante os últimos meses. Acreditamos, porém, que irá depender das medidas de contenção implementadas nos países de origem e nas decisões dos nossos clientes”, frisa Bruno Freitas.

O administrador do Galo Resorts Hotels também destaca que o grupo já está no nível pré-pandémico, sendo que em novembro até superou a ocupação de anos anteriores, o que espera que aconteça também em dezembro. Eric Schumann diz ainda que “as previsões para os primeiros meses de 2022 também estão ao nível pré-pandémico”.

Schumann revela que o grupo, que tem três unidades na Madeira (Sentido Galosol, Sentido Galomar e Alpino Atlântico Ayurveda Hotel), num total de 229 quartos, espera taxas de ocupação na ordem dos 65% para a altura do Natal e de 95% para o fim do ano.

A Savoy Signature, que detém seis unidades hoteleiras, com 1.300 quartos no total, espera uma ocupação de cerca de 60% para o Natal e até aos 90% para os últimos dias do ano.

“Apesar de nesta época, principalmente no fim do ano, os hotéis do Funchal (Savoy Palace, Royal Savoy, NEXT e Gardens) se tornarem mais atrativos para quem vem à Madeira, a verdade é que este ano registámos um aumento significativo na procura pelas unidades de que dispomos na Calheta. No Calheta Beach e no Saccharum esperamos mesmo atingir 90% a 95% de ocupação”, revela Bruno Freitas.

No caso do hotel NEXT não existe um termo de comparação, uma vez que essa unidade abriu portas em meados deste ano. Contudo, para o CEO da Savoy Signature os 98% de ocupação prevista para o réveillon demonstram “o sucesso registado”.

Semelhantemente, o PortoBay, que conta com sete unidades hoteleiras na Madeira, num total de 834 quartos, conta ter uma ocupação a rondar os 76% na altura do Natal e de 95% no fim do ano.

Fabíola Pereira destaca que, “dado o mais recente agravamento da situação pandémica na Europa”, o grupo já teve “alguns cancelamentos para os próximos dias, ou seja, no início e meados de dezembro”. No entanto, tal efeito não se alastrou para as épocas festivas.

Este conteúdo é exclusivo para assinantes, faça login ou subscreva o Jornal Económico