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Empresários apontam dificuldades na aplicação das regras

A dificuldade na aplicação das medidas anunciadas pelo Governo da Madeira para combater a Covid-19 foi uma das preocupações deixadas por vários responsáveis de negócios na região autónoma.

A dificuldade na aplicação das medidas anunciadas pelo Governo da Madeira para combater a Covid-19 foi uma das preocupações deixadas por vários responsáveis de negócios na região autónoma. No entanto, existe uma esperança “consciente” de que não será preciso voltar a haver confinamento e de que podem salvaguardar os seus negócios para a época natalícia sem grandes constrangimentos.

“Não sou contra estas regras, mas não deixam de ser difíceis de aplicar”, partilha a proprietária do café Old Pharmacy e do restaurante Steak & Sun, Maria José Freitas, ambos situados no concelho da Ponta do Sol, referindo-se à imposição junto aos clientes de apresentação de teste negativo e certificado de vacinação. A empresária não deixa de exprimir também frustração com a relutância, por parte de alguns clientes, em cumprir com as regras sanitárias impostas há mais de um ano, nomeadamente a utilização da máscara ao entrar no estabelecimento. “Os turistas mostram-se geralmente recetivos a estas medidas mas, às vezes, passados quase dois anos, ainda tenho situações que me obrigam a pedir aos clientes que coloquem a máscara”, confessa.

De igual modo, a general manager do hotel The Vine, Teresa Gonçalves Soares, sublinha que “na prática, é muito complicado a qualquer privado ter o ónus desta fiscalização” devido à escassez de recursos humanos disponíveis para controlar a entrada nos estabelecimentos do hotel, mas também por existir, por entre os colaboradores “algum receio pelas reações intempestivas de alguns clientes que não aceitem bem estas medidas”. Apesar disso, a representante admite que “contra números não há argumentos”. Ou seja, se os casos aumentarem faz parte do nosso “dever cívico” cumprir com as normas de contingência.

Outro sector afetado por estas novas diretrizes foi o dos ginásios. A Plataforma Regional dos Ginásios da Região Autónoma da Madeira (RAM) já deliberou em reunião a melhor forma de implementar as medidas nestes espaços, chegando a consenso de que estas “constituem um fator muito importante para o bem-estar de todos e consequente salvaguarda da saúde pública”, considera o membro responsável por esta plataforma, Duarte Freitas.

A salvaguarda da segurança e da saúde pública, não deixando de ser uma preocupação prioritária, tem que ser, para os profissionais destes sectores, contrabalançada com a preocupação com a salvaguarda dos seus negócios.

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