O concurso lançado pela Câmara Municipal de Cascais para a prestação do serviço público de transporte rodoviário regular de passageiros no concelho está a gerar uma guerra entre operadores e o próprio município, que deverá ir parar às barras do tribunal. A decorrer desde outubro do ano passado, este concurso tem um preço base de cerca de 152,8 milhões de euros e um prazo de sete anos (de 21,7 milhões de faturação anual para os operadores), renovável por mais três. No início, surgiram a concurso três concorrentes: a Ovnitur, empresa de um pequeno operador da região norte do país; a Martín, pertencente ao grupo espanhol Ruiz; e a Scotturb, empresa detida pela família do empresário Jacob Barata, que presta atualmente o serviço rodoviário de passageiros no concelho de Cascais. Logo aqui começaram os problemas, porque o júri do concurso decidiu excluir a Ovnitur, explicando no relatório preliminar que a empresa não tinha apresentado os elementos necessários para a instrução da proposta.