Skip to main content

Governo quer “criar as condições” para atrair investidores internacionais

Secretário de Estado da Economia quer Portugal como um “destino de excelência” para o investimento estrangeiro, mas também apoiar a internacionalização das empresas portuguesas.

A captação de investimento estrangeiro é um objetivo declarado do Governo. O secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, garante que estão a trabalhar para “criar as condições necessárias para que Portugal se afirme como um destino de excelência para o investimento internacional”.


João Rui Ferreira falava na abertura da conferência sobre fusões e aquisições organizada pela Bain & Company e pela sociedade de advogados Cuatrecasas, para uma plateia de stakeholders do mercado de M&A (fusões e aquisições), nomeadamente assessores jurídicos e financeiros; fundos de capital de risco e gestores de empresas.


João Rui Ferreira destacou que “o Governo assume uma visão clara e ambiciosa para o desenvolvimento económico nacional: criar as condições necessárias para que Portugal se afirme como um destino de excelência para o investimento internacional, ao mesmo tempo que apoia decisivamente a expansão das nossas empresas nos mercados globais”.


Para além do Secretário de Estado da Economia, a conferência debateu estratégias outbound e inbound de M&A, No painel dos gestores de fundos de private equity, o tema da dimensão das empresas foi abordado como motor desse investimento estrangeiro. “Tornar as empresas maiores significa apenas que podem atrair os mercados internacionais”, defendeu Inigo Sanchez, Founder da Portobello Capital.
Já Álvaro Pires, partner da Bain & Company, disse que “ao mesmo tempo, há uma energia muito positiva à volta de Portugal como país para trabalhar, para investir e como criador de líderes”.


“Por fim, vemos que há um nível de maturidade e de sofisticação muito fortes no país, que dão confiança às empresas nacionais e aos investidores para competirem em qualquer mercado internacional”, acrescenta.


Num painel intitulado “Strategic Outbound M&A: Driving International Expansion”, João Bento, CEO dos CTT, falou do caso da empresa que dirige e que efetuou no final do ano passado uma parceria de joint venture com o Grupo DHL, nos mercados de encomendas de comércio eletrónico em Portugal e em Espanha, e adquiriu a Compañia Auxiliar al Cargo Expres (Cacesa). “O nosso caso específico teve muito que ver com a insuficiência do mercado português, para substituir aquilo que era o nosso negócio inicial, de correio, que está em queda acentuada”.


“Portugal era pequeno para conseguir desenvolver uma estratégia de crescimento e de criação de valor. Precisávamos muito de sair e como já estávamos em Espanha, o que estava em causa era capturar escala, poder crescer na cadeia de valor, e daí essas duas aquisições”, referiu João Bento.


Na conferência participaram ainda como oradores, do lado das empresas, Luís Rebelo da Silva, CFO da Bondalti; Rui Teixeira, CFO da EDP; e Sandra Santos, CEO da Logoplaste.


No segundo painel – sobre sobre tendências e oportunidades em investimentos inbound para as private equity em Portugal, e intitulado “Private Equity em Portugal: Tendências e oportunidades para o investimento estrangeiro” – participaram, do lado das private equity, Gonzalo Fernandez-Albiñana, managing director e head de buyout da Ardian para Espanha e Portugal; Iñigo Sanchez Asiain, founder e partner da Portobello Capital; José Maria Muñoz, founder e senior partner da MCH Private Equity; Lars Becker, founder partner da Henko Partners; e João Coelho Borges, sócio fundador da Draycott,
Mariana Norton dos Reis, sócia cocoordenadora da área de Societário e M&A da Cuatrecasas, foi a moderadora do painel dedicado às tendências e oportunidades em investimentos inbound para as private equity em Portugal, e considera que “esta conferência foi uma forma de partilhar conhecimento sobre como converter-se num player global, com experiências recentes de expansão internacional realizadas através de operações relevantes de M&A”. Por outro lado permitiu “ interação entre empresas portuguesas e fundos de capital de risco nacionais, ibéricos e internacionais.