O novo governo francês chefiado por Sébastien Lecornu parece estar a ponderar avançar com uma proposta de criação de um imposto para os super-ricos – uma daquelas opções que está constantemente em debate entre os gauleses, tal como acontece como a idade da reforma. Mais que a intenção, a possibilidade da criação do novo imposto – que está longe de estar decidida, até porque parte do governo é contra – revela que o novo primeiro-ministro pode ter decidido ‘pescar’ apoios externos à sua família política entre os socialistas. A acontecer, é uma mudança substancial: os seus antecessores haviam tentado encontrar esse suporte político entre os extremistas do Rassemblement National (RN) de Marine Le Pen e Jordan Bardella. Para os analistas, esta possível mudança de entendimentos permitiria a Lecornu testar ainda a possibilidade de outros grupos parlamentares à esquerda das forças de Emmanuel Macron, como os Verdes, serem tentados a não inviabilizar o Orçamento do Estado para 2026, que o primeiro-ministro está a preparar. Uma taxa sobre grandes fortunas é uma exigência antiga entre as forças da esquerda gaulesa.
Governo francês pondera imposto para os super-ricos
Se o novo avança, isso quererá dizer que o primeiro-ministro Sébastien Lecornu está a testar a possibilidade de encontrar apoio parlamentar entre os socialistas, o que seria uma forte mudança em relação aos seus mais recentes antecessores. O homem mais rico de França é evidentemente contra e o célebre economista Thomas Piketty é evidentemente a favor.
