Angola é um relevante exportador mundial de gás natural e a evolução dos preços deste bem, que têm vindo a subir já desde o final do primeiro semestre de 2021, significou a recuperação do segundo lugar na lista de exportações do país, destronando os diamantes. Tal verificou-se apesar do volume de vendas até ter caído. Agora, com a necessidade da Europa de diversificar as suas fontes de abastecimento, a exoectativa é manter uma trajetória de crescimento do valor recebido com as vendas de gás ao exterior.
Depois de em 2019 o gás natural ter sido destronado pelos diamantes como a segunda exportação mais importante da economia angolana (atrás, claro está, do petróleo), 2021 trouxe um aumento de 250% nas exportações do bem energético, que beneficiaram do grande aumento nas cotações internacionais.
As receitas com as vendas ao exterior chegaram, assim, a 3,61 mil milhões de dólares (cerca de 3,55 mil milhões de euros) no ano passado, segundo os dados do Banco Nacional de Angola (BNA), mesmo apesar do recuo de 16% no volume exportado, um resultado possível à conta do aumento de 315,5% no preço médio registado, em comparação com 2020.
Gás já ocupa segundo lugar nas exportações angolanas em valor
Apesar do volume exportador ter caído em 2021, Angola beneficiou do efeito preço no gás natural. A nova política energética europeia representa mais uma oportunidade de crescimento.
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