O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán foi o primeiro, o presidente francês, Emmanuel Macron, foi o segundo e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen foi apenas a terceira líder da Europa a dar os parabéns (públicos, via redes sociais) a Donald Trump, já a manhã ia alta no centro do continente europeu (eram 8h36). A demora em aceitar o mundo real do lado de lá do Atlântico tem a ver com as incertezas que rodeiam a reeleição do ex-presidente – de que vários líderes de topo da União foram dando conta ao longo dos últimos meses. E no topo da lista dessas incertezas está a NATO – ou mais propriamente o que pensa Donald Trump fazer da NATO. Para já, os 32 países da aliança (eram 30 quando Trump abandonou a custo a Casa Branca) têm sido respeitosos com a vontade de Trump: quando, em 2018, o então presidente norte-americano sem queixou de que nenhum país cumpria a obrigação (antiga) de gastar 2% do PIB na área da defesa, muitos líderes queixaram-se de arrogância intolerável. Mas o certo é que, de então para cá, passaram a cumprir: no final deste ano, 23 dos 32 países (72%) estarão, segundo própria NATO, a gastar pelo menos 2% do PIB em armamento, ao invés dos 11 (36% em 30) do ano passado.