Daqui a muitos anos, quando os estudiosos do futebol recordarem a época de 2020/21, irão contextualizá-la com um país em estado de contingência, uma economia em queda e o desemprego com perspetivas de crescimento. Tudo devido à pandemia de Covid-19, que mergulha em incerteza as contas dos clubes nacionais afetados sobretudo naquilo que fazem tão bem: vender talento. Num mercado de transferências peculiar, o SL Benfica, vice-campeão nacional, está entre os clubes europeus que mais gastou em transferências: 80 milhões de euros, entre os quais 24 milhões no uruguaio Darwin Núñez, o futebolista mais caro da história do futebol português. Nas vendas, é o campeão FC Porto que apresenta a transação mais avultada: aos 18 anos, Fábio Silva ruma à Premier League por 40 milhões de euros e está nas dez contratações mais avultadas em Inglaterra. Mas apesar da conversa de milhões que mede quem está melhor para atacar a Liga, há um inimigo comum a derrotar.