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Futebol: Apertem o cinto: ‘downgrade’ está a chegar à Liga portuguesa

Passes de jogadores desvalorizados, poder negocial todo do lado de quem compra, orçamentos que vão ter de ser adaptados à redução de receitas que se espera nos próximos anos, com bilheteira e patrocínios a cair e a operadora NOS a deixar de assegurar um terço das receitas da Liga a partir de junho de 2021. A pandemia acelerou a crise do futebol português e ninguém poderá desenvolver imunidade tão cedo.

Desvalorização no valor de mercado dos jogadores mais valiosos dos três ‘grandes’, menor capacidade de aquisição por parte dos grandes clubes europeus, quebra nas receitas de bilheteira e de dia do jogo e um patrocínio de sete anos que termina e que parece estar a preparar terreno para uma convulsão na Liga de Clubes. Esta pode ser a receita para o downsizing do futebol português, que irá marcar os próximos anos de uma Liga que em janeiro deste ano foi considerada a sexta melhor do mundo pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol, suplantando campeonatos como a Bundesliga alemã, a Ligue 1 francesa, ou a Eredivisie holandesa. Entre os efeitos da pandemia de Covid-19, que obrigou a Liga a ser suspensa a 12 de março, e os problemas estruturais do principal campeonato português, há uma boa notícia a reter: a ultrapassagem de Portugal à Rússia no ranking da UEFA, que pode possibilitar a presença de três equipas portuguesas na edição 2021/22 da milionária Liga dos Campeões. Até lá, há todo um ‘mar’ de incertezas transversal a jogadores, clubes, dirigentes, instituições e patrocinadores do futebol português.

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