Desvalorização no valor de mercado dos jogadores mais valiosos dos três ‘grandes’, menor capacidade de aquisição por parte dos grandes clubes europeus, quebra nas receitas de bilheteira e de dia do jogo e um patrocínio de sete anos que termina e que parece estar a preparar terreno para uma convulsão na Liga de Clubes. Esta pode ser a receita para o downsizing do futebol português, que irá marcar os próximos anos de uma Liga que em janeiro deste ano foi considerada a sexta melhor do mundo pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol, suplantando campeonatos como a Bundesliga alemã, a Ligue 1 francesa, ou a Eredivisie holandesa. Entre os efeitos da pandemia de Covid-19, que obrigou a Liga a ser suspensa a 12 de março, e os problemas estruturais do principal campeonato português, há uma boa notícia a reter: a ultrapassagem de Portugal à Rússia no ranking da UEFA, que pode possibilitar a presença de três equipas portuguesas na edição 2021/22 da milionária Liga dos Campeões. Até lá, há todo um ‘mar’ de incertezas transversal a jogadores, clubes, dirigentes, instituições e patrocinadores do futebol português.