O primeiro conselho passa pelo investimento na formação em literacia digital e deu o exemplo de vários cursos online que podem ser encontrados na página do Centro Nacional de Cibersegurança. Depois, o keynote speaker deste evento do JE e da Cisco realçou a importância de que as empresas se inspirem no Tech Accord e que promovam alianças entre si, lamento que as alianças para a cibersegurança, promovidas pelo Centro Nacional de Segurança, podiam funcionar melhor. No entanto, deixou uma mensagem de esperança: “as alianças devem ter a dinâmica dos seus próprios membros”. O terceiro e último conselho passa por encarar a Inteligência Artificial como um aliado na deteção de ameaças digitais e no apoio à decisão em casos de crise: “Não olhem para a IA como uma adversidade porque se for bem usada, é ajuda enorme à eficácia e à eficiência com que usamos o nosso tempo. Façam as perguntas certas e garantam a consulta a várias fontes de informação”. A finalizar, António Gameiro Marques deixou uma convicção: “O maior risco não é a IA mas sim a nossa passividade perante essa tecnologia, sobretudo perante os seus efeitos nocivos”. Este responsável deixou o cargo de diretor-geral do Gabinete Nacional de Segurança (e da Autoridade Nacional de Segurança) no final de maio deste ano, ao final de quase nove anos.
Formação, dinâmica de alianças e beneficiar da Inteligência Artificial
António Gameiro Marques, x-Diretor-Geral do Gabinete Nacional de Segurança e do Centro Nacional de Cibersegurança, deixou três conselhos que, no seu entender, devem ser seguidos pelas empresas para saberem lidar com os desafios que se colocam no ecossistema digital
