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FAMEL reergue-se com ronda de 2,5 milhões e reedição de um clássico, agora 100% elétrico

A marca de motociclos está a ser recolocada no mercado, com a energia elétrica a dar o mote, sendo que a autonomia atinge os 120 quilómetros e as primeiras motas deverão ser entregues na primavera de 2025. Para tal, foi aberta uma ronda de investimento que permite a entrada de particulares.

A FAMEL, marca portuguesa de motociclos que havia desvanecido, está a ser reerguida por Joel Sousa, CEO da empresa. Em causa está uma ronda de investimento na ordem de 2,45 milhões de euros. A clássica XF-17 já foi lançada e as primeiras encomendas deverão ser entregues "na primavera do próximo ano", esclareceu.

A informação foi avançada num evento que teve lugar na manhã desta terça-feira, em Lisboa. O responsável afirmou que o objetivo inicial passa por voltar a colocar nas estradas a clássica XF-17, desta vez num modelo 100% elétrico. Para tal, conta com o investimento do fundo NOVUS, ligado ao venture capital e gerido pela Magnify Capital Partners.

A ronda de investimento está também aberta a particulares, que podem investir um valor mínimo de 10 mil euros. De resto, o investimento pode ser efetuado no próprio fundo ou diretamente na FAMEL.

Os motociclos estão a ser fabricados em Anadia, distrito de Aveiro. Os primeiros já estão disponíveis no mercado e a respetiva autonomia vai rondar, inicialmente, uma distância na ordem de 120 quilómetros, , referiu José Sousa. Para tal, vão contar com duas baterias e com a integração de Inteligência Artificial (IA), de forma a que o consumo de energia seja mais eficiente.

O objetivo da empresa passa por conseguir que 60% dos componentes envolvidos sejam portugueses e um total de 80% produzidos na UE, naquele que é um “esforço bastante grande para conseguir ter os componentes selecionados em Portugal”, sublinhou Joel Sousa.

No evento também marcou presença Pedro Ortigão Correia, partner na Magnify Capital Partners, investidora na FAMEL. O próprio sublinha que a marca está na fase de arranque. Nesse sentido, aponta a um possível aumento futuro do investimento e lembra que os dividendos vão demorar a chegar para os investidores.

Aquele fundo conta com um investimento do Banco de Fomento, que detém uma participação de 63% no mesmo. Uma situação que, de acordo com Ortigão Correia, resulta numa maior “dose de responsabilidade” nos investimentos que são realizados, sublinhou.