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“Este modelo de supervisão prejudica o mercado de capitais”

A presidente da Bolsa, Isabel Ucha, diz que proposta do Governo para a reforma da supervisão financeira duplica as entidades e torna Portugal no único país com tal complexidade e custos.

“Este não é seguramente o caminho. Porque já sabemos que quando criamos mais entidades é sempre muito difícil depois extingui-las”,  disse, em entrevista Isabel Ucha, que lidera a Euronext Lisbon, defendendo um modelo de supervisão, mais ágil, menos complexo e com menos custos, que melhor se adequa à realidade económica portuguesa. “Acrescentar mais entidades de supervisão a um modelo que já é composto por três entidades, é introduzir um nível de complexidade e morosidade nos processos”. Sobre os custos, a Euronext Lisboa lembra que já recaem taxas de supervisão diretas de um valor que ascende a 1.258.125 euros/ano, as quais representam quase 10% dos seus custos anuais. Este valor resulta de um aumento de 40% destas taxas, implementado em 2016. As taxas de supervisão sobre o mercado de capitais foram novamente aumentadas em 2018.

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