O tal espelho era mágico, mas o que fica na memória é a emblemática frase da rainha má em “Branca de Neve”, um clássico da animação visto por várias gerações. “Espelho, espelho meu, há alguém mais bonito do que eu?”. Ponto de partida para debater o que é a beleza, esse conceito altamente subjetivo? Para tergiversar sobre príncipes encantados, essa coisa ‘tão século XX’, absolutamente démodé? Nem por isso. O que nos interessa é a nuance. Ou melhor, as muitas nuances da voz literária que a máquina não domina. E que aquece a discussão sobre o papel das ferramentas que a inteligência artificial coloca ao serviço da tradução literária.
Espelho, espelho meu, quem é mais fiável do que eu?
A máquina-papão há muito que habita o imaginário do ser humano. No caso da tradução, a IA pode revelar-se uma revolução ou uma enorme ameaça. Ou algo que ainda nem sequer conhecemos.
