Numa altura em que a política interna em Espanha passa por um momento de grande crispação, o presidente do governo, o socialista Pedro Sánchez, enfrenta dois momentos eleitorais que podem impactar de forma decisiva sobre o futuro do seu executivo: na Catalunha a 12 de maio e no País Basco a 21 de abril. Diogo Noivo, analista de política internacional e especialista em Espanha, disse ao JE que as duas eleições regionais têm tudo para correr mal a Sánchez. Por uma razão: tanto na Catalunha como no País Basco, os partidos independentistas que apoiam o governo são, do ponto de vista regional, concorrentes entre si. Sucede isso entre a Esquerda Republicana da Catalunha (de esquerda) e o Junts per Catalunya (de direita), como entre o Partido Nacionalista Basco (de direita) e o Bildu (de esquerda).