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Empresa portuguesa desenvolveu maior parque fotovoltaico em Angola

A infraestrutura, desenvolvida pela MCA, conta com 40 mil painéis solares instalados, criou 300empregos e vai levar eletricidade contínua a 130 mil pessoas.

A empresa portuguesa com foco em setores como energia, desenvolvimento urbano, infraestruturas e saúde, MCA, entregou o maior parque fotovoltaico de energia renovável off-grid de África a Angola.
Esta infraestrutura, que conta com 40 mil painéis solares instalados, conta com o primeiro sistema autónomo do país com fonte solar e banco de baterias para fornecimento durante a noite, não necessitando de consumir qualquer tipo de combustível fóssil.
Situado no Cazombo, capital da província angolana de Moxico Leste, este é o primeiro parque fotovoltaico a ser entregue no âmbito do projeto de eletrificação rural de 60 comunas em Angola.
O parque tem capacidade para 25,40 mega-watt pico para abastecer mais de 136 mil pessoas, vai permitir a poupança de cerca de 10 milhões de litros de combustível e evitar a emissão de 37 toneladas de dióxido de carbono. Adicionalmente, conta com uma capacidade de armazenamento de 75,26 mega-watts hora em baterias.
Manuel Couto Alves, chairman do grupo MCA, afirma que “este projeto representa, para nós, não apenas um desafio técnico superado com excelência, mas também uma transformação significativa na qualidade de vida das comunidades abrangidas”.
O município do Cazombo conta com uma população de cerca de 411.074 habitantes, e enfrenta desafios significativos no abastecimento energético. A entrada em funcionamento deste parque representa a primeira grande fonte de produção e distribuição de energia elétrica na região.
O financiamento desta infraestrutura foi estruturado pelos britânicos do Standard Chartered Bank, que tiveram o apoio da Agência de Exportação Alemã, Euler Hermes, que concedeu uma garantia de cerca de mil milhões de euros ressegurada pelas Agências de Exportação dos Estados Português e Coreano (Cosec e K Sure).
O projeto de eletrificação rural em Angola, que teve início em 2023 e deverá estar concluído em 2026, tem como objetivo levar eletricidade a 60 comunas remotas angolanas, principalmente nas províncias de Malanje, Lunda Norte, Lunda Sul e Moxico.
O projeto envolve o grupo português, o governo angolano e um consórcio de bancos representado pelo Commerzbank AG como Agente e a Agência Alemã de Crédito à Exportação - Euler Hermes (ECA).
A empresa portuguesa irá contruir, também, 46 mini-redes solares isoladas para beneficiar mais de um milhão de pessoas nas 60 comunas no interior do país.

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