Depois França, Itália, Estados Unidos, Espanha e Alemanha, a OENO Group, empresa inglesa de investimento em 'vinhos finos' e whisky abre em Portugal o seu primeiro escritório localizado na Torre de Oeiras, três anos após a entrada no país. Nos três anos de presença em Portugal, a empresa já conta com um investimento superior a cinco milhões de euros, realizado pelos quase 600 investidores, cujo valor médio se situa entre os 15 mil e os 20 mil euros.
"Acreditamos que Portugal tem muito potencial de crescimento, não só posicionando os grandes vinhos portugueses no mercado de luxo, mas também novos vinhos estão a surgir através do interesse exponencial de consumidores e colecionadores", refere em declarações ao Jornal Económico (JE), Michael Doerr, CEO da OENO (ao centro na foto).
Com o objetivo de tornar este mercado de vinhos raros acessível a todos os investidores, a OENO continua a ser a única empresa deste segmento de 'vinhos finos' integrar a Wine & Spirit Trade Association. Entre os principais investidores estão clientes do género masculino numa faixa etária entre os 30 e os 60 anos, observando-se, contudo, um acréscimo muito significativo junto do público jovem e das mulheres investidoras.
"O mercado português cresce ano após ano e representa mais de 10% do mercado total do Grupo Oeno. Acreditamos que dentro de alguns anos os vinhos portugueses estarão a competir ainda mais com os melhores do mundo e o Grupo Oeno vê uma grande oportunidade de investimento no mercado português", afirma o CEO.
Para cimentar esta aposta no mercado nacional, a empresa tem como objetivo durante os próximos dois anos investir na abertura da Oeno House (loja física). "O mercado português tem muito potencial e os clientes poderão provar e beber os melhores vinhos e champanhes do mundo. O vinho é uma paixão do povo português e está enraizado na cultura portuguesa há séculos. É natural que o Grupo Oeno invista inevitavelmente mais num mercado tão importante", explica Michael Doerr.
O CEO defende que os clientes portugueses estão a adquirir uma maior literacia financeira em ativos alternativos e a estudar o que o mercado do vinho e do whisky tem para oferecer, dando como exemplo o mercado imobiliário onde as taxas legais e fiscais são muito elevadas. "O facto de o vinho e o whisky também não pagarem impostos sobre as mais-valias torna este tipo de investimento extremamente atrativo", realça.
Tiago Sattmiller e Daniel da Silva (à esquerda e direita na foto), até aqui a viverem e trabalharem na OENO, em Londres, sendo responsáveis pela gestão da carteira dos investimentos dos portugueses vão a partir de agora assumir a gestão do escritório em Portugal.
"A cultura vitivinícola portuguesa, aliada à forte capacidade de investimentos do país, impulsionou o interesse da OENO em Portugal. O objetivo, agora, é continuar a aumentar a lista de parceiros comerciais no país e, consequentemente, tornar este mercado um dos mais apetecíveis a nível mundial", salienta Tiago Stattmiller.