Pressionar os partidos políticos com assento nas cortes espanholas parece ser, por estes dias, o desporto preferido de todos os partidos que, nas eleições de novembro, ali arranjaram lugar: o PSOE pressiona a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) para que aceite quanto antes abster-se na investidura que Pedro Sánchez quer organizar até ao Natal; o En Comú (o Unidas Podemos catalão) pressiona a ERC no mesmo sentido; o Junts Per Catalunya (do atual e anterior presidentes daGeneralitat, Quim Torra e Carles Puigdemont) pressiona a ERC para que não aceite avançar sem garantias de autodeterminação; o Cidadãos pressiona o PSOE para que abra as portas a um entendimento com a direita (exceto o Vox) para a investidura, fugindo assim ao jugo dos independentistas; o PP pressiona os socialistas no mesmo sentido; o Vox pressiona o PP e o Cidadãos para não avançarem para semelhante aliança; o rei Filipe VI pressiona toda a gente para que se despache; e finalmente a Constituição pressiona o PSOE e a ERC, fazendo recordar que existe e que nem tudo é passível de um pacto.