A EDP vai estudar investimentos nas eólicas offshores no mar brasileiro. O consórcio Ocean Winds assinou um acordo com os brasileiros da Electrobras para explorar oportunidades nesse sentido.
O memorando de entendimento foi assinado ontem, em São Paulo, entre a empresa brasileira e o consórcio da EDP e dos franceses da Engie.
O Brasil é considerado um mercado estratégico para a Ocean Winds devido ao seu "potencial significativo" com vista a ir de encontro à necessidade de consumo de energias renováveis do país para apoiar a "transição energética e gerar oportunidades para a cadeia de abastecimento e comunidades locais", segundo comunicado divulgado na terça-feira.
A Ocean Winds conta com um portefólio de 18,5 gigawatts em oito países, incluindo projetos em desenvolvimento, em construção e operacionais.
No Brasil, a companhia registou o seu interesse junto do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) para desenvolver até 15 gigawatts de projetos nos estados do Rio de Janeiro, Piauí, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.
Para Rafael Munilla da Ocean Winds, esta parceria vai permitir "canalizar os recursos naturais de vento para um futuro energético sustentável, promovendo a criação de empregos e o desenvolvimento das comunidades".
Já Leonardo Soares Walter, da Electrobras, destaca que a sua empresa vai "alocar o seu capital apropriadamente para desenvolver projetos de energia limpa, contribuindo para a transição energéica no Brasil e no mundo". A empresa já conta com 97% de energia gerada através de fontes renováveis e quer atingir 100% através da venda das suas centrais térmicas.