Uma tremenda crise envolvendo imigrantes, perspetivas económicas sombrias até pelo menos ao final de 2025 e a certeza de que o sucesso da economia norte-americana não passa pela ilha, o que coloca uma forte pressão sobre a intenção declarada de transformar o Brexit numa nova oportunidade de comércio com a União Europeia. Depois de uma vitória esmagadora sobre os conservadores, é esta a agenda do novo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer – que, segundo alguns analistas, corre o risco de ser um episódio momentâneo entre dois governos conservadores. “O ‘estado de graça’ de Starmer acabou de facto”, considera o analista Francisco Seixas da Costa, para convocar outros exemplos: na Europa, isso do ‘estado de graça’ já não existe, uma vez que “o enquadramento é muito complexo”.