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Donald Trump: Aquilo que dele fica quando for embora

A renitência de quase todos os republicanos em contrariarem a estratégia jurídica de contestação do resultado eleitoral é só um dos sinais de que a influência do 45.º presidente dos Estados Unidos não chegou ao fim com a declaração de vitória de Biden. Com um Congresso muito mais dividido do que nos sonhos dos democratas, um Supremo cheio de juízes de tendência conservadora e uma dinastia que poderá manter o apelido em cartazes de eleições futuras, não restam dúvidas de que Trump pode persistir mesmo depois de abandonar a Casa Branca. leonardo ralha lralha@jornaleconomico.pt

Ao contrário dos processos judiciais de duvidosa eficácia com que pretende provar que só não foi declarado vencedor das presidenciais norte-americanas devido à sucessão de “coisas muito más” na chegada e escrutínio de boletins de voto que lhe custaram – ou vão custar, pois alguns estados que deram a vantagem decisiva a Joe Biden ainda estão a processar votos e deverão fazer recontagens – a derrota na Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Arizona, Nevada e Georgia, Donald Trump tem garantida uma vitória significativa e que marcará o seu legado. Uma sondagem realizada após a incerteza que se prolongou da primeira terça-feira de novembro até à declaração de vitória do democrata na noite de sábado revela que 70% dos eleitores republicanos acreditam que a eleição não foi livre nem justa.

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