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Dona do CaixaBank e do BPI pretende aumentar carteira de participações para 40 mil milhões até 2030

Em pouco mais de cinco anos, a ‘holding’ catalã (que em Portugal controla o BPI, através do CaixaBank) prevê crescer 48% com a entrada em empresas espanholas ou internacionais com elevado potencial de crescimento e onde possa ter influência na gestão.

A holding Criteria, da Fundación La Caixa (que em Portugal detém o BPI, através do CaixaBank), estima aumentar o valor das suas participações de 27 mil milhões de euros para 40 mil milhões até 2030, no âmbito do seu novo plano estratégico para os próximos cinco anos, de acordo com o “El Economista”.

Em pouco mais de cinco anos, a holding catalã prevê crescer 48% com o investimento em empresas espanholas ou internacionais e nas quais pode desempenhar um papel influente, segundo a mesma publicação.

A entrada na ACS (9,8%), na Puig (3,05%) e na Colonial (16,78%) são peças do plano estratégico de diversificação da empresa espanhola.

De acordo com o jornal de economia, a empresa quer reforçar a sua carteira industrial de forma a conseguir um dividendo de 700 milhões para o o acionista Fundación La Caixa. Atualmente, o grupo tem 400 milhões. A entidade poderá, assim, ter acesso a um orçamento de cerca de mil milhões de euros, cumpridas as atuais métricas entre remunerações e gastos em obras sociais.

A carteira de diversificação passará dos atuais 13% (2.500 milhões) para 25% (dez mil milhões), centrando-se na tecnologia, indústria, farmacêutica e retalho.

“A nossa preferência recai sobre empresas já consolidadas, com oportunidades de expansão, posições financeiras sólidas e políticas de dividendos crescentes”, explicou Isidre Fainé, presidente do Criteria. Por sua vez, o CEO, Àngel Simón, acrescenta que a expansão irá acontecer através de participações que lhe permitirão ter “uma posição de influência, participando na governação” das empresas em que entrar.

A Criteria deixará, assim, a sua distribuição atual de quatro carteiras, uma com participações nas empresas estratégicas Caixabank (que em Portugal detém o BPI), Naturgy, Telefónica, outra com pequenas percentagens em mais de 90 empresas cotadas, outra com ações em organismos não cotados (Saba e Aigües de Barcelona) e uma última carteira imobiliária, recorda o “El Economista”.

Sobre a nova distribuição, a primeira carteira incluirá as três grandes empresas Caixabank, Naturgy e Telefónica; na segunda, o volume de empresas será reduzido para 20 a 30; a terceira continuará a centrar-se no sector imobiliário, e a última será a construção de uma carteira de private equity em organizações com elevado potencial de crescimento.

A carteira estratégica passará de 74% para 55% do valor total, embora passe de ativos de 19 mil milhões para 22 mil milhões. O “El Economista”, escreve que uma das prioridades será encontrar o mais rapidamente possível um “plano de criação de valor” na Naturgy e que o capital privado representará 10% dos ativos (4 000 milhões), contra os atuais 3%.

Em maio, o Criteria Caixa anunciou a intenção do reforço da sua participação na Telefónica. A empresa pretende duplicar a atual participação de 10%, num total de 2,38 mil milhões de euros.