Antes de passar oficialmente o testemunho a Pedro Nuno Santos na liderança do Partido Socialista (PS), António Costa deixou uma mensagem de agradecimento a todos os militantes e desejou ao secretário-geral eleito este sábado “as maiores felicidades pessoais e políticas”.
“Quero agradecer, do fundo do coração, a todos os militantes, a enorme honra de ter sido secretário-geral do PS e o apoio que sempre me deram, ao longo destes nove anos”, acrescentou o primeiro-ministro e líder cessante do PS.
O secretário-geral cessante do Partido Socialista (PS) e primeiro-ministro iniciou, este domingo, a passagem de testemunho a Pedro Nuno Santos, que ontem foi eleito nas eleições diretas. António Costa entrega este domingo as chaves da sede do PS, no Largo do Rato, em Lisboa.
O novo dirigente socialista, Pedro Nuno Santos, e António Costa estiveram reunidos no edifício cor-de-rosa durante cerca de uma hora e 30 minutos e ambos fizeram declarações aos meios de comunicação social no final do encontro. Antes de se sentarem à mesa, os dois abraçaram-se, num momento simbólico de início/fim de ciclo.
“Foi uma boa conversa entre dois camaradas que se respeitam bastante”, afirmou Pedro Nuno Santos aos jornalistas presentes no local. “Tenho a certeza de que com esta nova energia e este novo impulso o PS vai fazer mais e melhor”, disse António Costa.
Uma das primeiras figuras políticas a fazer comentários sobre a eleição do novo secretário-geral do PS foi o presidente da Assembleia da República, que recorreu à rede social X (antigo Twitter) para desejar “um bom mandato” a Pedro Nuno Santos e destacar que este é um partido “fundamental” para o parlamento.
“Saúdo o novo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos. Desejo-lhe um bom mandato à frente de um partido fundamental no Parlamento português", escreveu Augusto Santos Silva numa publicação online.
https://twitter.com/ASantosSilvaPAR/status/1736158799566647791
A delegação socialista portuguesa no Parlamento Europeu também comentou a nova liderança do PS e mostrou-se disponível para trabalhar com Pedro Nuno Santos. Numa mensagem enviada à agência Lusa, a delegação diz-se “preparada para trabalhar com a nova liderança do PS de modo a continuar a defender com toda a determinação o projeto europeu e os interesses de Portugal na Europa".
O grupo de eurodeputados considera que, "após um processo eleitoral inesperado, o PS foi capaz de se mobilizar e demonstrar a sua capacidade de resposta, com uma campanha interna muito participada e onde os candidatos souberam apresentar as suas ideias para o futuro do partido e do país".
Pedro Nuno Santos foi ontem eleito secretário-geral do PS com 62% (24.080 votos). Às eleições diretas dos socialistas, que se realizara entre esta sexta-feira e sábado, concorreram também o atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, que acabou por ficar em segundo lugar no escrutínio, com 36% (14.868 votos), e o dirigente socialista Daniel Adrião, em terceiro com apenas 1% (382 votos).
Montenegro desafia PNS
O presidente do PSD, no primeiro comentário à vitória de Pedro Nuno Santos, começou por dizer que deseja que o PS se possa preparar “para vir para a campanha eleitoral, discutir o futuro de Portugal e que não esteja, como tenho visto, amarrado ao que foi uma trajetória que só trouxe empobrecimento ao país".
Questionado pela “RTP” sobre o discurso do novo líder socialista sobre a direita, Luís Montenegro afirmou, em declarações a partir de Arouca, que esse discurso do "papão da direita" não diz nada às pessoas.
“Andar aqui com o papão de que vem aí alguém que vem fazer mal às pessoas é uma narrativa política inconsequente para a vida das pessoas, não dá mais casas aos jovens, não baixa os impostos às empresas nem às pessoas que trabalham, não dá melhores cuidados de saúde para as pessoas nem põe professores nas escolas”, defendeu ao canal público o dirigente social-democrata, antes de um almoço em Castelo de Paiva.
Pedro Nuno Santos foi eleito este fim-de-semana secretário-geral do PS com 62% (24.080 votos), tendo vencido em 18 das 21 federações do país. Às eleições diretas dos socialistas, que se realizara entre esta sexta-feira e sábado, concorreram também o atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, que acabou por ficar em segundo lugar no escrutínio, com 36% (14.868 votos), e o dirigente socialista Daniel Adrião, em terceiro com apenas 1% (382 votos).