Olhando para os programas eleitorais que os partidos com representação parlamentar apresentam para as próximas eleições, não será esta a legislatura a que assistiremos a uma reforma do sector da justiça, porque as propostas feitas, no geral, oferecem alterações pontuais, sem alterações significativas ao sistema. Por serem específicas, as soluções expostas não são comuns a todos os programas, mas há duas ideias que recolhem aceitação, seja com medidas concretas ou com ideias a desenvolver: a redução dos custos de acesso à Justiça e o reforço dos recursos desta área de governação, especialmente no que respeita à investigação e aos crimes económico-financeiros, o que merece a concordância dos agentes do sector, mesmo que fique a crítica de as prioridades da justiça continuarem sem ser uma prioridade.