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Consultora EY selecionada para avaliar TAP na privatização

Consultora será uma das duas entidades que farão avaliações da companhia aérea, no âmbito do processo de avaliação que deverá arrancar em julho, apurou o Jornal Económico. Falta ainda selecionar a outra entidade responsável pela avaliação, bem como os bancos de investimento que vão assessorar a privatização.

A consultora EY foi escolhida pela Parpública para ser uma das duas entidades que farão avaliações da TAP, no âmbito do processo de privatização que deverá arrancar em julho, apurou o Jornal Económico. A outra entidade ainda não terá sido escolhida pelo Ministério das Finanças e a Parpública.

Está também por escolher quem será a entidade que vai assessorar a operação de privatização. Tal como o Jornal Económico noticiou na sua edição de 16 de junho, o Caixa Banco de Investimento, da CGD, é uma das entidades que se estão posicionar para assessorar o Estado e a Parpública nesta operação. O Ministério das Finanças deverá escolher os assessores financeiros entre uma pool de bancos de investimento que deverá incluir também entidades como o JP Morgan e o Citigroup, entre outras casas internacionais. 

De fora, tal como noticiou o JE, deverá ficar a Evercore, entidade que a anterior CEO da TAP, Christine Ourmières Widener, tinha escolhido para dar o tiro de partida para o processo de privatização, no ano passado. Mas a Evercore foi escolhida como consultora da TAP e não do Estado, como frisou o secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, na sua recente audição na Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP. E tendo em conta que o processo de privatização será conduzido pelo Estado e que a companhia tem uma nova equipa de gestão, será de esperar que não seja chamada a participar no processo, segundo as fontes ouvidas pelo Jornal Económico.

Privatização obriga a duas avaliações

O processo de privatização da TAP terá duas avaliações, ficando uma a cargo da EY. Este passo é essencial para dar início à privatização. No próximo mês, o Governo deverá publicar o decreto-lei da privatização, com base nas conclusões que retirar das avaliações realizadas. Só depois será anunciada a escolha dos bancos que investimento que vão assessorar o negócio.

Em aberto está também a percentagem exata que o Estado deverá manter na companhia de bandeira. Tal como Jornal Económico noticiou em fevereiro, o Governo pretende que a holding estatal Parpública mantenha entre 10% a 20% do capital da TAP, como forma de defender o interesse público num sector considerado estratégico para a economia portuguesa. O comprador deverá assegurar que a TAP mantém o hub em Lisboa e que as ligações à diáspora lusa e aos países de língua portuguesa são asseguradas.

Na semana passada, o ministro das Infraestruturas, João Galamba, afirmou que o ministério que lidera não está interessado em propostas para a privatização da TAP que impliquem a perda do hub de Lisboa. "O hub de Lisboa é algo que queremos manter”, garantiu João Galamba durante uma conferência promovida pela CNN. 

O ministro revelou na mesma ocasião que existem "mais do que três interessados” na TAP, inclusive fora do setor da aeronáutica. "Há interessados [na privatização da companhia aérea nacional] fora do setor da aeronáutica. Entre o setor da aeronáutica e da energia", revelou Galamba.

O Governo deverá aprovar em julho o decreto-lei da privatização da TAP, seguindo-se uma resolução do conselho de ministros que definirá os termos do processo e o caderno de encargos.

Até ao momento, não foi possível obter esclarecimentos de fontes oficiais da Parpública e da EY.