O restaurante Clorofila é uma das mais recentes ofertas gastronómicas na cidade de Lisboa, sendo para muitos um segredo à espera de ser descoberto.
Inserido no Lumen Hotel, no centro de Lisboa, na zona de Picoas, tem entrada autónoma pela Rua Sousa Martins. Foi inaugurado em julho, tal como o hotel, unidade de quatro estrelas com capacidade para 147 quartos e 13 suites. Mas, os pratos apresentados pelo chef Celso Dias já lhe garantem uma clientela fiel. Durante os dias úteis, aos almoços, há um menu executivo por 15 euros, sem bebidas.
Com mais de 60% dos lugares orientados para o Pátio Fotossíntese, outro pólo de atração do Lumen Hotel, o Clorofila é o espaço em que o chef Celso Dias traz à mesa os melhores sabores da cozinha portuguesa, para momentos de partilha contemporânea em ambiente descontraído, mas com um serviço atento e cuidado. A carta de vinhos é maioritariamente composta por referências portuguesas, à semelhança do que acontece na carta. Há 130 lugares interiores e 32 exteriores, as louças são Vista Alegre e todo o mobiliário é Branca Lisboa, com mesas desenhadas especialmente para este projecto. A decoração é independente da do hotel, ainda que a ligação a toda a narrativa esteja lá. Se o Lumen é um hotel que pretende homenagear a luz de Lisboa, o restaurante Clorofila absorve os espectros mais quentes dessa luz e liberta os tons verdes, que inspiraram o ambiente do restaurante, enquanto faz sua a luz do sol. Por isso, o restaurante tem o nome que tem, e abre-se para o Pátio Fotossíntese, prosseguindo-se a lógica de louvor à natureza, à luz e à vida.
São inúmeras as opções na carta. Para início de conversa, creme de queijo fresco com caril, aros de cebola roxa panados com panko; crudités, molho de iogurte grego e cebolinho; ninho de alho francês, brunesa de legumes, couli de beterraba e aveludado cremoso; sopa fria vermelha, quenelle de tomate e manjericão, redução de laranja e ovo de codorniz.
Para ir picando, pimentos padrón salteados, alho esmagado, sorvete de balsâmico e flor de sal; sonhos de alheira de Mirandela, chutney de manga, balsâmico e crumble de pistácio; seleção de cogumelos selvagens, juliana de paio de porco preto e ovo bennedict; trilogia fresca de saladas tradicionais, polvilhadas com rebentos; tacos de barriga de porco preto, couve roxa, concassé de tomate, coentros ciselados e queijo de Nisa lascado; bisque de lagostim e os seus sliders. Na fileira vegetariana, sonhos de lentilha, mousse de ervilha, balsâmico e crumble de pistácio; e tacos de legumes frescos e assados, lima, mel, queijo fresco vegan gratinado e coentros ciselados.
Do mar para a mesa de partilha, há travesseiro de bacalhau lascado, batata recheada, pak choi corada e azeite virgem aromatizado com coentros; pataniscas de amêijoa, arroz de lima e maionese de alho assado; pica-pau de atum, pickles agridoces e areia de azeitona; e caçarola de arroz molhadinho de garoupa com espuma de hortelã.
Para os amantes da carne, emancé de porco preto com cerveja artesanal, mostarda antiga e coentro ciselado; desfiado de pato confitado, com caralinoto de cogumelos e maçã verde; um pequeno croquete de cordeiro e de queijo de Nisa, com abóbora assada, cogumelos e dressing agridoce; costeletão de novilho, batata pont-neuf e espargos bravos, com manteiga de alecrim. Nas alternativas vegetarianas, mil folhas de legumes gratinados, molho de tomate assado, orégãos e aioli de salsa frisada; linguini de courgette, molho pesto e espargos bravos, crocante de nozes e cherry seco; outro pequeno croquete, mas de lentilhas e cogumelos, sultanas salteadas em mel e couli de abóbora; e, por fim, caril de tofu, espinafres e grão, amêndoa torrada e anis.
Para sobremesa, fruta do pomar; leite creme tostado ao momento, sorvete de mojito e areia de cookie de chocolate; queijinho assado com marmelada e quenelles de arroz doce; tarte de figo com gelado de requeijão, mel e nozes; elegância de chocolate e tiramisú, com ganache e pó de pistácio.
Além de um refrescante amouse bouche em que imperava o salmão, provámos o creme de queijo fresco e os aros de cebola roxa panados, o apetitoso bisque de lagostim e os gulosos hambúrgueres do mesmo, além do soberbo pato desfiado e de um leite creme, muito próximo da versão tradicional. Nota máxima para todo este repertório.
Às 22 horas, há um outro atrativo, um espetáculo de videomapping, que sintetiza de forma inovadora a história da capital. Na época natalícia, o Lumen, oferece ainda um outro espetáculo de videomapping alusivo à quadra.