Skip to main content

CIP defende que ordenamento jurídico deve incentivar reestruturações

Empresas : Presidente da Confederação Empresarial de Portugal apela a mudança de tom no discurso sobre este tema: necessidade em vez de inevitabilidade.

O presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal é defensor de uma verdadeira internacionalização das empresas, do profissionalismo na gestão das mesmas e até da opção pelas fusões, no contexto de reestruturação empresarial.


“A internacionalização da economia é diferente da exportação em contentores e exige um posicionamento diferente”, explicou Armindo Monteiro, a quem coube a intervenção de abertura neste evento do JE.


O assunto ganha especial relevância na medida em que a internacionalização da economia portuguesa, através da AICEP, está agora sob tutela do ministério da Economia. Inclusive, o novo ministro da Economia, Pedro Reis, foi presidente desta Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.


Na opinião da CIP, é preciso haver uma “conjugação de esforços” para que as empresas consigam ter uma marca verdadeiramente global. “Ganhar escala exige conjugação de esforços”, alertou o presidente da confederação empresarial, no pequeno-almoço de debate do JE Advisory.


Segundo Armindo Monteiro, o ordenamento jurídico deve incentivar a reestruturação de empresas, que é um “tema demasiado complexo” e, muitas vezes em Portugal, está inserido numa retórica na “dimensão da inevitabilidade” em vez de “necessidade para fazer face a um conjunto de desafios e problemas”.


Os patrões consideram que reconstruir pode ser fundamental para “ganhar valor e competitividade”, mas as organizações também vivem de previsibilidade, um dos seus principais bens económico. “Pedem-nos [às empresas] transições de toda a natureza: energética, digital… (...). Para o empresário, é importante haver a possibilidade de perspetivar a empresa e tomar decisões com algum planeamento”, referiu Armindo Monteiro.


Esta quarta-feira, o presidente da CIP revelou à agência Lusa que já reuniu com o novo Governo para o “pontapé de saída” na discussão de medidas na concertação social com todos os parceiros e disse ainda que notou “abertura” no programa do Executivo, que está em debate na Assembleia da República, para as medidas da confederação, dando como exemplo a possibilidade de as empresas pagarem um 15º mês isento de contribuições e impostos, a redução do IRC ou o incentivo ao investimento.