Fez esta quarta-feira cinco anos que, para enorme surpresa de todos os europeus – britânicos incluídos – o Reino Unido votou favoravelmente a saída da União europeia. Nos dias seguintes, os atónitos europeus – britânicos incluídos – tentaram dar uma explicação para o que sucedera, para que servisse como uma espécie de ‘desculpa’: os menos letrados, os menos novos, os menos urbanos, os menos qualificados em termos de emprego – no fundo, os mais receosos da concorrência do mundo moderno que a globalização fazia entrar por todos os lados nas ilhas britânicas – tinham sido os responsáveis, juntamente com os mais preguiçosos (que preferiram aos milhares ficar em casa) e com os mais extremistas de direita (como o UKIP de Nigel Farage).