Ao nível político, as águas estão claramente separadas entre direita e esquerda, ou entre os partidos que compunham o anterior Governo (PSD/CDS-PP) e os que apoiam o atual Governo (PS/BE/PCP). Os primeiros apoiam Costa, desde logo porque o reconduziram no cargo de governador do BdP, em 2015. Os segundos exigem a sua demissão (BE/PCP) ou pressionam nesse sentido (PS), atribuindo-lhe responsabilidades pelo que correu mal no processo de resolução do BES. Isto apesar de ter sido um Governo do PS, então liderado por José Sócrates, que nomeou Costa para o primeiro mandato no BdP em 2010. O ministro das Finanças de então, Fernando Teixeira dos Santos, é um dos poucos socialistas que se mantém no quadrante de aliados do governador Costa. “É um prestigiado economista com uma larga experiência no financeiro na sua carreira profissional, bem como também uma larga experiência internacional não só pelas funções como actualmente exerce como vice-presidente do Banco Europeu de Investimentos, mas bem como funções já desempenhadas em Bruxelas no âmbito da REPER e da Comissão Europeia”, destacou na altura Teixeira dos Santos.
Carlos Costa: Os aliados e os adversários que gravitam em torno do supervisor da banca
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O percurso de Costa desde a banca comercial até ao regulador gerou amigos e inimigos no plano pessoal, política, banca, negócios e regulação.
