João Pedro Oliveira e Costa, presidente executivo do BPI, acaba o mandato no fim deste ano e vai ser reconduzido para um novo mandato de três anos, até 2028, apurou o Jornal Económico.
A Assembleia Geral do banco detido a 100% pelo CaixaBank vai ser algures em março ou abril e o banco espanhol já decidiu reconduzir o atual CEO para o novo mandato.
O tema surgiu porque nesta terça-feira, na conferência sobre a banca do futuro, o banqueiro foi questionado em palco sobre a sua continuidade no BPI, e disse que "o lugar não é eterno".
“Felizmente há muitas outras coisas giras para fazer”, disse o banqueiro. O que foi entendido como uma insinuação de uma saída surpresa. “É sempre bom termos perspetivas de que não somos o lugar”, referiu também.
Foi ainda mais longe e disse mesmo que "espero que o BPI do futuro, comigo ou sem mim, vá ser sempre melhor”.
No entanto, na mesma conferência sobre a Banca do Futuro, organizada pelo Jornal de Negócios, o CEO do BPI deixou cair que "eu sou pago para fazer o melhor a 300% enquanto aqui estiver. Quando gostaria de sair? Ainda faltam muitos anos, sou muito novo”, respondeu o gestor de 60 anos, sem adiantar mais nada.
João Pedro Oliveira e Costa já fez dois mandatos à frente da instituição financeira e vai assim fazer o terceiro.
Mas o CEO do BPI não é o único a acabar o mandato no fim de 2025. Também Miguel Maya está na mesma situação. A atual administração do BCP acaba o mandato no fim deste ano.
Na apresentação de resultados, o presidente executivo do BCP foi questionado sobre se está disponível para continuar num novo mandato. Na altura Miguel Maya referiu que “eu gosto mesmo muito do que faço. Gosto muito de trabalhar, mas a decisão será dos acionistas”, acrescentando que há pessoas muito válidas no banco para integrar o Conselho de Administração. “O grupo tem excelentes quadros. Não será nunca um problema qualquer substituição”, sublinhou.
“Os acionistas saberão se sou a pessoa indicada para continuar a criar valor”, acrescentou o banqueiro. No caso do BCP a Assembleia Geral é em maio.
Por fim, no próximo ano, no primeiro trimestre, o Santander Portugal também será palco de mudanças na administração.
Isabel Guerreiro vai suceder a Pedro Castro e Almeida como CEO do Santander Portugal, depois do banqueiro português rumar, como tudo indica, a Espanha para suceder a Mahesh Aditya como "chief risk officer" (CRO) do grupo Santander.