A Benfica SAD colocou 50 milhões de euros em dívida, para o triénio de 2024-27, junto de 3.524 investidores. Em causa está uma operação que envolve subscrição e troca de obrigações, que teve início no dia 8 de abril e terminou na última sexta-feira, dia 19 de abril.
“Esta emissão foi um sucesso e estamos muito satisfeitos”, afirmou Luís Mendes, administrador na Benfica SAD, na ocasião da apresentação dos resultados da operação, em Lisboa.
Questionado pelos jornalistas, deixou a garantia de que “o Benfica está confortável” no que respeita à vertente financeira. Ainda assim, referiu que o clube não recusa a possibilidade da entrada de um investidor estrangeiro minoritário, como tem acontecido noutros clubes, um pouco por todo o mundo.
"O Benfica está confortável em termos financeiros e não vai condicionar a estruturação da tesouraria e do balanço à entrada de investidores estrangeiros", reiterou com Luís Mendes. Ainda assim, reconhece que, caso haja essa possibilidade, "o Benfica não fecha a porta". Neste âmbito, sublinhou ainda que não existe qualquer "plano, neste momento, nesse sentido."
Os dados da operação de colocação de dívida indicam que o montante inicial da oferta foi superado no segundo dia de subscrição (9 de abril). Ao todo, as obrigações que foram objeto de subscrição (OPS) totalizaram 32.711.725 euros, ao passo que as obrigações que foram objeto de troca corresponderam a 17.288.275 euros.
Com um valor de 5 euros por obrigação e um valor mínimo por subscrição de 2.500 euros, as novas obrigações estão associadas a uma taxa de juro nominal bruta de 5,10% ao ano. Neste contexto, a vontade dos investidores superou em 1,33 vezes as obrigações disponibilizadas pela Benfica SAD, de tal modo que atingiu os 67.575.285 euros até ao final do dia 19 de abril.
A liquidação das novas obrigações, está marcada para a próxima quarta-feira, dia 24 de abril. A maturação das mesmas é apontada para o dia de 23 de abril de 2027, completando-se um período de três anos.
Sobre o próximo mercado de transferências da equipa de futebol, Mendes reconheceu que “qualquer clube, para fazer resultados, tem que vender jogadores”, mas não se referiu a casos de futebolistas concretos.