A Balbec Capital LP está a negociar a compra do portfólio de crédito malparado da LX Partner, cujo valor bruto que tem sido tornado público é de 4,2 mil milhões de euros, dos quais quatro mil milhões dizem respeito a crédito unsecured (sem garantias) e outros 200 milhões a crédito secured (com garantias).
Este tem sido apelidado de maior negócio de NPL (Non Performing Loans) do mercado.
O jornal "Eco" noticiou que a LX Partners decidiu retirar da transação a gestora Álgebra Capital, sendo que já escolheu o comprador para as carteiras de 4,2 mil milhões de euros de crédito malparado. Em causa estão ativos problemáticos que a LX Partners adquiriu nos últimos anos à banca portuguesa, e que o Eco diz ser um negócio de um valor líquido de 200 milhões de euros.
O comprador, segundo apurou o Jornal Económico, é o fundo Balbec que inicialmente tinha feito uma proposta apenas para o que é chamado na gíria do mercado de back book (portfólio dos créditos) e que foi excluído quando a intenção inicial era vender em bloco os créditos e a servicer Algebra.
Tal como noticiou o Económico, a venda da mega carteira de malparado era condicionada à venda da servicer liderada por Bernardo Simões, a Algebra Capital, e os valores oferecidos pela plataforma ficaram muito aquém do pretendido pelos acionistas, pelo que o negócio estava em risco.
O jornal “Eco” revelou que seriam o consórcio da Cerberus, Intrum e Finsolutia; o da Carval e Whitestar; e o fundo LCM (que tem como servicer a Link Financial) os selecionados para a fase de propostas vinculativas para compra do negócio de malparado de 4,2 mil milhões de euros da LX Partners em Portugal. Estes três estão fora do negócio. Pois, segundo as nossas fontes, a proposta que melhor avalia a carteira de malparado (sem a Algebra Capital) é a do fundo norte-americano Balbec Capital.
Os candidatos eram convidados a apresentarem propostas separadas, uma para a carteira de NPL (non-performing loans) do fundo LX Partners e outra para a plataforma que faz a gestão destes ativos, sendo que a operação que estava no mercado era para a venda de ambas em conjunto.
Mas os candidatos que chegaram à fase final do concurso já têm servicers e a empresa de gestão e recuperação de crédito secured e unsecured, especialista em advisory, análise e servicing de NPL, não é atrativa para os candidatos. Este facto está relacionado com o facto de ser uma empresa que duplica uma atividade que os três candidatos já possuem, com a agravante de ser uma empresa pesada em termos de quadro de pessoal, segundo fontes ligadas ao processo.
As propostas para Algebra, empresa que gere 4,5 mil milhões de euros de ativos, ficaram muito aquém do pretendido. É essa a razão para o negócio que arrancou em outubro ainda não estar fechado e justifica a alteração de modelo de negócio para uma venda do portfólio de NPL sem a servicer. O Jornal Económico tentou contactar Bernardo Simões, Partner at LX Partners e Managing Director da Algebra Capital, sem sucesso.
Segundo as nossas fontes, os candidatos estão a apontar para que o acordo de compra e venda se faça até ao fim de março.
Neste momento, há mais duas transações do sector a correr, a DoValue Portugal e a Hipoges.