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Ambiente: Como as alterações climáticas transformam a economia

As alterações climáticas têm custos astronómicos para a economia. Segundo contas da Comissão Europeia as inundações causaram prejuízos económicos diretos que excederam os 90 mil milhões de euros. O setor dos seguros, agricultura ou turismo são fortemente afetados.As cidades e as linhas costeiras poderão voltar a ser planificadas, sobretudo as zonas que já foram conquistadas pelo mar.

As alterações climáticas afetam todas as regiões do mundo. As calotas polares estão a derreter e o nível do mar está a subir. Em algumas regiões, os fenómenos meteorológicos extremos estão a tornar-se cada vez mais comuns e a pluviosidade está a aumentar, enquanto, noutras, as vagas de calor e as secas estão a agravar-se. Filipe Duarte Santos, professor da Faculdade de Ciências na Universidade de Lisboa e doutorado em Física Nuclear Teórica pela Universidade de Londres, explica que os impactos económicos resultam de três factores: exposição desse sistema ao clima, sensibilidade ao clima e capacidade de adaptação. “A indústria seguradora é dos setores que mais vai sofrer. Não só aumenta a temperatura média global como a intensidade dos fenómenos externos - cheias, inundações, secas, ciclones tropicais ou tornados”, explica ao Jornal Económico. Por exemplo, a Munich Re, uma das maiores resseguradoras do mundo, e tem um dos maiores departamentos de clima do mundo. Segundo dados  da Comissão Europeia, entre 1980 e 2011, as inundações afetaram mais de cinco milhões e meio de pessoas e causaram prejuízos económicos diretos que excederam os 90 mil milhões de euros. No ano passado, o setor segurador português foi chamado a indemnizar o maior volume de prejuízos de sempre, especialmente por causa dos fogos. O presidente da Associação Portuguesa de Seguradores, Galamba de Oliveira, apela aos cidadãos para estarem mais atentos às coberturas dos seguros, e para atualizarem os valores cobertos.

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