Num contexto em que tudo se precipitou – mesmo os cenários mais radicais propostos pela CIA ao Pentágono e à Casa Branca não previram nunca a rapidez com que a capital do Afeganistão, Cabul, haveria de cair nas mãos dos Talibãs – o Ocidente está perplexo e sem saber bem que tipo de resposta dar a um país que nunca conseguiu compreender. E enquanto se atrapalha com telefonemas intercontinentais, mensagens codificadas e reuniões de alto nível – teve pelo menos a sensatez de conseguir engendrar uma declaração conjunta oriunda do Conselho de Segurança da ONU – a realidade afegã, bem mais rápida e dinâmica, continua a estar-lhe uns passos à frente.