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Adora surpresas e dispensa planear viagens? Então a Flappin é a sua ‘cara’

O nome da plataforma de viagens, experiências e escapadinhas remete para "bater asas". E o objetivo da Flappin' é mesmo esse: dar asas a quem gosta de surpresas e não quer perder muito tempo a planear a próxima "fuga".

A Flappin’ quer proporcionar um novo mote aos viajantes portugueses: “viver mais e planear menos”. Não foi um simples estalar de dedos, mas foi um brainstorming entre quatro amigos que esteve na origem desta plataforma de viagens e escapadinhas surpresa. Porquê? Porque o crescimento do setor do turismo e a falta de opções específicas para jovens os pôs a pensar numa solução.

Foi assim que decidiram revolucionar a indústria do gifting experiencial, oferecendo experiências em vez de presentes físicos. Como faltava uma opção dedicada às gerações mais novas, capaz de satisfazer o desejo de adrenalina da Geração Z e dos Millennials, que incluísse o fator surpresa e fosse sinónimo de viajar mais e planear menos, Pol Clavell e três amigos puseram mãos à obra. O CEO e cofundador da Flappin’ é formado em engenharia, gestão e marketing, e ganhou experiência no universo experimental das start-ups.

Em declarações ao Jornal Económico (JE), o também porta-voz da Flappin’ explica que a ideia surgiu em 2021, em Barcelona, já a dizer adeus à pandemia. Objetivo? Criar programas totalmente pensados pela equipa e adaptados a cada cliente, sendo que apenas são revelados dois dias antes do seu início, no caso das viagens, e duas horas no caso das experiências. Do mercado espanhol para o mercado português foi um pequeno salto, mantendo a filosofia, i.e., integrar viagens e escapadinhas pelo país, assim como experiências gastronómicas, de aventura ou relaxamento.

A plataforma chegou a Portugal em meados de abril e a razão da aposta no mercado nacional deveu-se ao facto de “Portugal se ter destacado pela presença de um espírito muito jovem, dinâmico e destemido”. Clavell explica que esperavam “uma boa recetividade por parte dos portugueses” e, ao fim de três meses no terreno, o JE quis saber se já é possível fazer um balanço do número de pessoas que consultou e também quantas pessoas compraram experiências em Portugal.

“Após três meses de atividade, conseguimos notar que há uma excelente resposta por parte dos portugueses, visível tanto no número de pessoas que nos consultaram, como nas que compraram experiências em Portugal. Embora o número de pessoas que consultaram e as que compraram possa não estar exatamente equilibrado, estamos muito satisfeitos com as taxas de conversão positivas e com o crescimento da nossa base de clientes durante este período. Estamos a registar um crescimento da base de clientes de +200% de mês para mês e esperamos continuar a crescer nos próximos meses”.

A Flappin arrancou em Portugal com parcerias com hotéis, restaurantes e spas, num total de 15 experiências diferentes, que podem ser usufruídas tanto individualmente como em grupo, e que estão disponíveis para oferecer enquanto presente. Ao fim de três meses o leque de parcerias já foi alargado, como explica Pol Clavell. Durante este período, “concentrámo-nos ativamente em expandir e reforçar as nossas parcerias com vários fornecedores de experiências em Portugal, principalmente com restaurantes e alojamentos. Compreendemos que a oferta de experiências diversificadas e únicas é crucial para os nossos clientes”. E conclui dizendo que “adicionámos, com sucesso, novos parceiros à nossa rede, proporcionando uma maior variedade de experiências aos nossos clientes.

Será que já se pode falar em perfil de cliente? Clavell realça o perfil dos clientes Flapin’ é muito variado, mas identificaram algumas tendências comuns entre os utilizadores mais interessados. “A maioria dos nossos clientes são viajantes aventureiros que procuram experiências únicas, fora do comum, que lhes permitam mergulhar na cultura portuguesa. São indivíduos que valorizam as experiências autênticas e personalizadas em detrimento das ofertas turísticas habituais”. E detalha: “Além disso, verificámos que uma parte significativa dos nossos clientes se situa na faixa etária dos 18 aos 45 anos, incluindo viajantes individuais e pequenos grupos de amigos ou familiares”.

Como funciona a plataforma

A Flappin’ propõe preços fixos e invariáveis e otimiza regularmente a plataforma para que cada pessoa possa escolher a melhor opção e não estar horas a pesquisar e a definir o que quer fazer. E cada surpresa é criada de raiz para garantir que é exatamente aquilo que o cliente espera ou, melhor dizendo, aquilo que não espera.

O processo não podia ser mais simples: basta entrar na plataforma e selecionar a opção que procura, entre viagens, escapadinhas ou experiências, que incluem desde programas de aventura, a experiências gastronómicas ou de relaxamento. Depois de escolher o tipo de programa que pretende, basta selecionar a(s) data(s), o local de origem e o número de pessoas. Tudo o mais, fica a cargo da plataforma, que revelará o destino 48 horas antes, no caso das viagens, e duas horas antes do início das experiências.

O Jornal Económico questionou quais as experiências mais procuradas. “As aventuras ao ar livre, como a Aventura na Montanha, e as viagens internacionais, como a Viagem à Europa, têm tido uma grande procura”, diz Pol Clavell. “Para além disso, as experiências gastronómicas têm suscitado um interesse significativo, como o Jantar Surpresa. É evidente que os nossos clientes estão à procura de experiências significativas que lhes permitam conectar-se com a beleza natural de Portugal, a sua rica cultura e deliciosa gastronomia”.

Em inglês, Flappin’ quer dizer “bater asas” e remete para movimento. Metáfora para aquilo que os fundadores da plataforma consideram ser um estilo de vida: viver o momento e partilhá-lo sem grandes complicações. No fundo, “viver mais, planear menos”, como diz o mote da empresa que, nos próximos cinco anos, se quer posicionar em Portugal como a principal empresa de viagens e experiências.