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Visita do primeiro-ministro russo à China sela novo mundo bipolar

Se alguma vez houve uma tentativa do Ocidente para fixar a China do lado dos que estão a favor da Ucrânia, foi muito pouco consistente e para todos os efeitos falhou redondamente.

Para quem duvidava da iminência da criação de uma nova ordem mundial patrocinada pela guerra na Ucrânia, as notícias vindas de Pequim, onde o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, esteve esta semana, não deixam dúvidas. Está cada vez mais claro que o globo está a dividir-se em dois blocos: o ocidental e o oriental (na ausência de um nome melhor). As semelhanças com o antigo mundo bipolar da Guerra Fria são algumas, mas não muitas: o bloco ocidental é o mesmo de sempre (Estados Unidos, Canadá, União Europeia – com reservas da França – Reino Unido, Japão, Coreia do Sul e Israel, entre outros); mas o bloco oriental aumentou de grandeza: a inimizade sino-soviética tão ao gosto da dupla Nixon-Kissinger remeteu-se para os livros de história contemporânea e o antigo bloco dos Não Alinhados (o agora chamado Sul Global, com algumas diferenças) está maioritariamente do seu lado. No meio, o Médio Oriente parece estar mais confortável com a China-Rússia e a Turquia tenderá a para lá dirigir-se, uma vez escorraçada em definitivo pelos 27.

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