O trabalho é feito, enviado para aprovação e publicado. Esta podia ser a descrição de um trabalho de escritório, mas é a vida de muitos criadores de conteúdos, também vulgarmente conhecidos como influenciadores digitais ou simplesmente influencers, que não têm acesso ao dinheiro do trabalho que apresentaram.
Foram já feitas várias denúncias públicas por parte de criadores portugueses, que depois viram justiça feita. No entanto, foi com esta visão em mente, e com um relatório que o comprova, que a Visa decidiu interceder agora: equiparou-os a pequenas e médias empresas (PME).
Sem contrapartidas e com o trabalho fechado e publicado, os criadores do digitais conseguem ter o dinheiro do seu lado de forma instantânea. Este foi um anúncio foi na Web Summit deste ano, em que a empresa foi escolhida para abrir o palco ao lado de Pharrell Williams.
Desta forma, a empresa de pagamentos digitais reconhece o impacto destes criadores das redes nas várias economias locais, dando esta opção também ao mercado português. Afinal, não faz sentido apresentar algo de impacto em Portugal e não acolher o mercado nacional.
Independentemente da sua dimensão, estes influencers vão conseguir pagar e receber pagamentos através das ferramentas financeiras da Visa, além de terem a oportunidade de recorrer a produtos que a Visa apenas disponibilizava às PME.
“É gratificante ver o mundo a reconhecer finalmente os criadores de conteúdos como a força matriz da economia digital”, explica Jonathan Kolozvary, diretor global de pequenas empresas da Visa.
A comunidade digital mostra mais de 200 milhões de criadores espalhados por diversas plataforma, seja nas típicas redes sociais como Instagram ou TikTok ou mesmo no Patreon, Amplify ou OnlyFans.
De facto, a plataforma é bastante simples: os criadores podem fazer pagamentos, serem pagos e ainda ter acesso a capital com estas ferramentas agora disponibilizadas pela Visa. No fundo, todas as ferramentas disponibilizadas às PME vão passar a estar nas mãos dos criadores digitais.
O objetivo da Visa é responder à forma como os negócios se estão a alterar, nomeadamente ao maior crescimento dos canais digitais como fonte de receita. Trata-se então de um passo no acesso à economia digital para estes cientes. Depois da inovação anunciada na Web Summit, falta apenas um pequeno passo: construir uma relação com este segmento que vive e trabalha das redes sociais.
