Skip to main content

Ventura cria tabu sobre voto no Orçamento

Sem revelar o sentido de voto, mesmo depois da reunião com a bancada parlamentar, Ventura defendeu que este não é um OE do Chega, mas sim um "orçamento do PS e do PSD".

O Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) ainda não foi entregue, mas tem dado que falar. Na terça-feira, o líder do Chega reuniu de emergência com os seus deputados para definir os próximos passos em relação ao OE2025. Contudo, e apesar das notícias difundidas que apontavam para a viabilização da proposta do Governo por parte do partido, Ventura criou um tabu em relação ao tema.

"Todos sabem a situação política em que o país está. Eu sempre disse que tudo faríamos para evitar uma crise política", referiu o líder do Chega, na terça-feira, antes de se reunir com os seus deputados. "Tudo faremos para evitar uma crise política, tudo faremos para não ceder a chantagens e não perdermos a nossa identidade", insistiu.

Segundo Ventura a sua posição sobre o Orçamento é "claríssima", mas frisou que a reunião iria servir para "ouvir" os restantes 49 deputados do Chega. Ventura disse que em breve o partido anunciará a decisão que tomou e assegurou que não levará qualquer "proposta" aos colegas de bancada.

Após a reunião, continuou sem avançar com o sentido de voto, mas defendeu que este não é um OE do Chega, mas sim um "orçamento do PS e do PSD". Ventura não confirmou diretamente as notícias veiculadas sobre a hipótese do Chega viabilizar o Orçamento do Estado caso o Governo não chegue a acordo com o PS.

Para que o Orçamento do Estado seja aprovado, não basta que o Chega se abstenha, terá de votar a favor. Ao contrário, o PS precisa apenas de se abster.

De recordar que recentemente o CM noticiou que o líder do Chega está a ser "fortemente pressionado por vários conselheiros nacionais do Chega e autarcas da distrital de Lisboa" para viabilizar o Orçamento do Estado, caso as negociações entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos não cheguem a bom porto.