As eleições gerais antecipadas na Bulgária – as terceiras desde abril deste ano – estão a ser cuidadosamente observadas pela União Europeia, não só pelo que elas valem em termos da correlação de forças no mais pobre país dos 27, mas também pelo que podem transmitir sobre o ambiente político do leste da União, sempre em avançado estado de tensão. Depois das eleições checas, realizadas no início de outubro, as forças tradicionais – comummente consideradas pouco aptas a gerir uma democracia e principalmente as finanças de uma democracia – pareceram recuar: o bilionário primeiro-ministro da República Checa Andrej Babis perdeu as eleições, tendo sido derrotado por uma estreita margem pelas duas coligações de oposição – a aliança de centro-direita Spolu (Juntos), que obteve a maioria dos votos, com 27,79%, e pela coligação centrista PirStan, com 15,62%, que prometeram juntar-se para formar um governo estável. Isto apesar de o partido de Babis, o ANO, ter conseguido 27,12%.