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Um “Diário” inclassificável

Buenos Aires, 1953. Witold Gombrowicz, polaco exilado cuja consagração era ainda uma miragem, tinha 49 anos quando começa a escrever as primeiras linhas deste “Diário” inclassificável, que só a sua morte interromperia em 1969.

"Ontem ao fim da tarde, estive na praia frente ao casino [em Mar de Plata]: o marulho e o respingar do costume. Um peito de água negra a subir e a descer. O jacto de um leque de espuma farfalhante chegou aos meus pés. Acolá, para sul, o contorno de casas num monte; aqui, diante de mim, um mastro e um estandarte e, à esquerda, uma estaca quebrada que emerge e se afunda... Trovejou. Primavera. A temporada de praia só começará daí a dois meses.”

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