Muito mudou no mundo desde 1945, quando a Organização das Nações Unidas nasceu, no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, mas persiste uma tradição do topo da estrutura. Todos os nove secretários-gerais foram homens, iniciaram os mandatos após os 50 anos – à exceção do segundo, o sueco Dag Hammarskjöld, que tinha 47 quando sucedeu ao norueguês Trygbe Lie –, vieram de países sem grande peso político e tiveram percursos políticos relativamente modestos, ao ponto de António Guterres ser o primeiro chefe de governo a liderar a entidade.
Para muitos observadores trata-se da consequência direta do processo de eleição do secretário-geral, que decorre na assembleia geral (pelo que Arora Akanksha apela aos apoiantes para contactarem o governo dos seus países), mas em que os candidatos podem ser vetados pelos membros permanentes doConselho de Segurança – mesmo que se trate de uma reeleição –, o que contribui para soluções de compromisso.