Skip to main content

“Tenho servido de bode expiatório. Não vou aceitar passivamente”

Berardo reage às críticas e promete não “aceitar passivamente” ficar com as culpas pelos créditos ruinosos concedidos pela Caixa para investir no BCP.

O empresário Joe Berardo emitiu ontem à noite um comunicado onde pede desculpa ao país pela forma como respondeu aos deputados na sua audição parlamentar, no passado dia 10 de maio. Num documento com nove parágrafos, o (ainda) comendador garante que não vai “aceitar passivamente” servir de “bode expiatório” dos problemas do sistema bancário português.
“Tenho que admitir que me excedi, no calor da discussão, dando algumas respostas impulsivas e não devidamente ponderadas”, afirmou Berardo no comunicado, lembrando que não domina - nem quer dominar - as regras políticas que regeram a sua audição na comissão parlamentar de inquérito à recapitalização e gestão da Caixa, que durou cinco horas e meia.
A ida de Joe Berardo à comissão parlamentar de inquérito à CGD provocou um coro de críticas, desde logo pela forma como se dirigiu aos deputados. Perante os parlamentares, o empresário madeirense declarou que é “claro” que não tem dívidas, uma vez que as dívidas aos bancos (incluindo o banco público CGD) não são responsabilidades pessoais, mas de entidades ligadas a si. Berardo afirmou ainda que tentou “ajudar os bancos” com a prestação de garantias e que foram estes que sugeriram o investimento em ações do BCP, dando origem a uma dívida global superior a 960 milhões de euros.
“Mas não foi certamente minha intenção ofender quem quer que seja, muito menos faltar ao respeito devido à Assembleia da República. Adoro o meu país e quem me conhece sabe que jamais faltaria ao respeito a um órgão de soberania”, acrescentou.

Este conteúdo é exclusivo para assinantes, faça login ou subscreva o Jornal Económico